Aos meus discipulos de Evangelismo e Discipulado na Assembleia de Deus em Plataforma

O texto de hoje é parte da primeira aula do Manual de Evangelismo e Discipulado que ministrei na Assembleia de Deus em Plataforma, um bairro na Avenida Suburbana na região norte da capital baiana com cerca de 500 mil habitantes.

A turma de cerca de cinqüenta alunos, de várias faixas etárias, desenvolveu um trabalho de excelência nas habilidades teóricas e práticas do curso.

Grupos de evangelismo formados por cinco alunos(a) realizaram no decorrer do curso dezenas de reuniões nos lares dos integrantes das equipes. Pesquisas evangelísticas de campo também foram realizadas pelos alunos(a) como atividade individual com resultados surpreendentes.

Depois de dois meses e oito encontros nessa quinta-feira (26/05/11) chegamos ao final do curso. A minha oração enquanto orientador é que cada aluno(a), que considero discípulo, continue exercitando aquilo que lhe foi ministrado e mais, multiplicando esse conhecimento com muitos outros.

DEUS muito os abençoe no Nome de JESUS!!

Pr. Robespierre Machado
orientador

O TEXTO

Hoje a igreja perdeu muito de sua força e ação evangelizadora. Essa tem sido ofuscada por muitos outros desafios importantes, mas não prioritários. Como igreja não podemos esquecer e descuidar do fato que a evangelização do mundo continua sendo o nosso maior desafio.

Em todo mundo homens de toda classe social, condição econômica, etnia ou opção política, necessitam saber que Deus os ama e que em Cristo lhes oferece o caminho de regresso para Si mesmo, João 3.16; 14.6. Ricos e pobres, capitalistas e proletários, civis, militares e políticos necessitam ouvir a chamada ao arrependimento e a fé.

O anúncio destas boas novas por meio da pregação, testemunho pessoal, literatura, distribuição da Bíblia, etc., é algo que incumbe, no tempo presente, a todo crente. Aquele que evangeliza, o evangelizador, tem uma vida diferente. É alguém que aprendeu a servir, é carta viva que mostra a aplicabilidade da mensagem que anuncia.

O serviço cristão não é optativo, não é algo que podemos fazer se quisermos. É a marca da nova vida. “Pelos seus frutos os conhecereis”. “Se me amais, guardareis meus mandamentos.” George B. Duncan disse a esse respeito, em Berlim: “..três canais de comunicação estão abertos ao evangelho: ‘o que temos ouvido’, sugere a comunicação audível, ‘o que temos visto’, sugere a comunicação visível; ‘o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida’, sugere o que poderíamos chamar de comunicação tangível do Evangelho.”

Não é possível separar a proclamação do Evangelho da “demonstração” desse Evangelho. São diferentes entretanto, indissociáveis.

É importante ressaltar que o evangelismo não é uma disciplina isolada. Ele está entrelaçado com a sua fonte – o evangelho -, bem como com a vida daquele que divulga a mensagem de Deus. Por esta razão devemos nos esforçar para não teorizar excessivamente estes estudos. Pois, quem se propõe a evangelizar, precisa conhecer bem a matéria, mas acima de tudo, precisa ter disposição para colocá-la em prática.

A minha proposta para o desenvolvimento da matéria no decorrer dos próximos encontros é: Que primeiramente nos debrucemos pacientemente nas janelas que a história gentilmente nos abre e contemplemos os registros históricos que nos foram legados por aqueles que foram seus protagonistas e testemunhas vivas. Hoje nos tornamos herdeiros, guardiões e continuadores dessa obra, não por escolha nossa ou deles mas do próprio SENHOR que nos chamou e designou como igreja sua e povo seu – evangelistas para essa geração.

Portanto ao dirigir o nosso olhar primeiramente ao legado de evangelização já consolidado que o façamos com espírito de humildade reconhecendo naqueles que foram protagonistas dessas histórias modelos que hoje devem imitados.